Como eu não tenho com quem compartilhar as coisas, vou compartilhar aqui com vocês um pouquinho da minha vida. Ao mesmo tempo que fico triste por isso, também fico feliz por finalmente ter o blog, um pedaço do meu mundo, do meu futuro salão, enfim, um pedaço grande de mim.
Esses últimos dias eu não venho muito empolgada com muita coisa. Não que eu seja assim, pelo contrário, sou uma pessoa que, embora seja muito introvertida, sou comunicativa, expansiva e acredito nas pessoas o tempo todo. Isso se deve ao meu passado com a minha irmã, que sempre nas brincadeiras foi bem mais esperta do que eu, acho. Enfim, curioso como a gente depois de grande sente bastante influencia do que já aconteceu. Apesar de ser bastante realista, uma onda de otimismo me invade de vez em quando. Essa onda vinha me alimentando, me sugando, há algum tempo, me motivando a continuar subindo. E, já diziam que, quanto maior a altura, maior a queda. E quando vem o momento da queda, não somos perdoados, afinal, já devíamos estar preparados. E não estamos. E dói. Dói muito saber que devemos recomeçar.
Estou contando isso porque estou profundamente triste estes últimos dias. Sei lá porque, sei lá se é porque comecei a questionar demais a minha vida e a mim mesma, sei lá se é porque eu não sei disfarçar, não sei omitir, não sei não ser tão transparente assim. Já estou até acreditando em coisas diferentes, só devo mudar o meu olhar sobre o mundo e as pessoas. Talvez eu devesse aprender de vez que as pessoas machucam, as pessoas humilham uma às outras, que elas estão preocupadas somente com o seu mundo e nada mais além do que compreende seu umbigo. Deveria ter aprendido a pensar só em mim, de maneira individual, única e exclusivamente, assim, nada além do meu umbigo. Essa ideia de ajudar aos outros, de ser parceria mesmo, deveria ter ido embora no meu primeiro tombo lá atrás. Porque sabe, quando a gente acha que vai ter alguém ali do lado, alguém que já ajudamos a levantar, seja quem for, não vai estar ali. Não mesmo.
Tudo muito moralista, eu sei, nada que todas vocês já não saibam. Quem nunca pensou assim, quem nunca quis fazer dessa forma e quem, por precaução, já age assim, com medo, porque ficou toda "estrupiada" após a primeira queda. Talvez eu escrevendo isso possa estar refazendo meus pensamentos e a mim mesma neste momento. Mas eu não quero ser como todo mundo, eu acredito nas pessoas, acredito no bem que podemos fazer, acredito que, na minha próxima queda, alguém vá estender a mão. O único pensamento que fica agora é aquele de não desanimar.
Não falo de alguém específico, não pensem vocês que culpo alguém. A culpa disso que me acontece é de quem senão minha mesmo? Seria horrível eu falar tudo isso e não reconhecer a mim primeiro. Fui criança, acreditei no "conto do salão Super Nail" demais, sem ter como palpar as minhas expectativas em mim mesma. E fui humilde agora em reconhecer que chegarei aonde quero chegar sozinha. Muito mais honesto com todo mundo. Sou extremamente grata por ter a minha família, por ter meu namorado e até por ter meu cachorrinho Bernardinho. O meu sentido de sozinha neste momento não tem a ver com pessoas e sim com condições. E a condição para eu conseguir atingir meus sonhos é dada por mim, para mim e sobre a minha vida. E disto, eu não tenho que dar satisfações.
Nada tem todos os lados ruins e é do limão que se faz uma limonada, já diz minha mãe. Momentos assim em nossas vidas servem como aprendizado, sem dúvida, mas (e quem já chegou neste ponto vai concordar comigo) também como "mola", né. Recomeçar não é feio como eu pensava. Aliás, já está na hora de eu deixar alguns velhos conceitos formulados por mim para trás e seguir adiante refazendo meus conceitos e preconceitos, deixando de lado essa história de querer ser princesa dos contos de fadas, de ser a mocinha, de ser a protagonista da novela, de ser diva e lembrada, querida por todos, de ser um modelo e exemplo. Acho que só assim conseguirei viver minha vida mais honestamente, comigo mesma.
Muito obrigada por terem escutado e aguardem os próximos posts, não sobre esta pessoa aqui, mas sobre o nossos queridos esmaltes!